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Cyrtomium falcatum

Feto de frondes com segmentos assimétricos, verde-escuro e brilhantes na superfície superior e verde pálido na inferior.

Nome científicoCyrtomium falcatum (L. Fil.) C. Presl

Nome vulgar: feto, feito

FamíliaDryopteridaceae

Estatuto em Portugal: integra a Lista Nacional de Espécies Invasoras (anexo II do Decreto-Lei nº 92/2019, de 10 julho).

Nível de risco: (em desenvolvimento)

Sinonímia: Polystichum falcatum (L. f.) Diels in Engl. & Prantl

Data de atualização: 28/11/2016 | Perfil elaborado pela Equipa do projecto LIFE+ Terras do Priolo.

Ajude-nos a mapear esta espécie no nosso projeto de ciência cidadã  "invasoras.pt" no BioDiversity4All/iNaturalist. Contribua submetendo registos de localização desta espécie onde a observar.

Avistamentos actuais da espécie: 
Família: 
Porte: 

Como reconhecer

Feto herbáceo, perene, com rizoma erecto e escamas ovadas, com 2 cm, castanhas.

“Folhas”: base das estipes com dois tipos de escamas: umas escuras e pequenas e as outras grandes, pálidas e escariosasfrondes até 50 cm com lâmina imparipenatissecta na base, verde ou verde-clara, brilhante, superiormente, pálida na face inferior; ráquis com tubérculos obtusos castanho-escuros; segmentos assimétricos com ápices acuminados. A queda das estipes origina cicatrizes ovais no caule.

“Flores/ Frutos”: soros orbiculares; esporos elipsoidais.

 Espécies semelhantes

Cyrtomium falcatum pode ser confundido com algumas formas maiores de Cyrtomium fortunei; pode distinguir-se devido à superfície brilhante das frondes de C. falcatum.

Características que facilitam a invasão

A reprodução é sexuada produzindo milhares de esporos/planta/ano.

Área de distribuição nativa

África do Sul, China, Índia, Sudeste da Ásia e Polinésia.

Distribuição em Portugal

Invasor nos Arquipélagos dos Açores (todas as ilhas) e Madeira (ilha da Madeira).

Para verificar localizações mais detalhadas e atualizadas desta espécie, verifique o projeto invasoras.pt que criamos no BioDiversity4All (iNaturalist). Estes mapas ainda estão incompletos – precisamos da sua ajuda! Contribua submetendo registos de localização da espécie onde a observar.

 

 

Áreas geográficas onde há registo da presença de Cyrtomium falcatum (L. Fil.) C. Presl

Outros locais onde a espécie é invasora

América do Norte, Austrália, Europa, Havai e Nova Zelândia.

Razão da introdução

Para fins ornamentais.

Ambientes preferenciais de invasão

Dunas costeiras (vegetação dunar, prados costeiros), prados de Festuca, costas rochosas, lavas encordoadas, arribas, matos costeiros, matos de Erica, paredes e inclinações na berma de estradas, matos de Pittosporum undulatum, locais secos bastante expostos, ravinas.

Embora legalmente não seja considerada invasora em Portugal, revela comportamento invasor em algumas localizações nos Arquipélagos dos Açores e da Madeira.

Impactes nos ecossistemas

A espécie forma manchas densas que rompem a estrutura, a abundância e sucessão dos ecossistemas que invade. Impede o desenvolvimento da vegetação nativa e reduz a diversidade de espécies por competição; recrutamento.

Impactes económicos

Potencialmente, custos elevados na aplicação de medidas de controlo.

Habitats Rede Natura 2000 mais sujeitos a impactes

– Falésias com flora endémica das costas macaronésicas (1250);

– Dunas marítimas de costas atlânticas  (2130);

– Charnecas macaronésicas endémicas  (4050).

O controlo de uma espécie invasora exige uma gestão bem planeada, que inclua a determinação da área invadida, identificação das causas da invasão, avaliação dos impactes, definição das prioridades de intervenção, seleção das metodologias de controlo adequadas e sua aplicação. Posteriormente, será fundamental a monitorização da eficácia das metodologias e da recuperação da área intervencionada, de forma a realizar, sempre que necessário, o controlo de seguimento.

As metodologias de controlo usadas em Cyrtomium falcatum incluem:

Controlo físico

As novas colónias são frequentemente o resultado de propagação de plantas cultivadas por isso devem ser desenvolvidos esforços para eliminar as plantas de áreas adjacentes o que pode requerer a cooperação dos proprietários de terras nas proximidades.

Arranque manual: o controlo de C. falcatum é realizado principalmente através do arranque manual. As plantas arrancadas devem ser removidas do local para prevenir a propagação de esporos.

Controlo químico

No caso de existirem populações mais densas de C. falcatum, ou onde as plantas ocorram em substratos sensíveis, tais como estruturas de alvenaria históricos, o controlo pode ser alcançado com a aplicação foliar de glifosato.

Devido à frequente toxicidade dos herbicidas para os invertebrados e outros organismos, incluindo plantas não alvo, não se recomenda a sua utilização nas situações próximas da água, onde há cultivo de alimentos, e outras áreas sensíveis. A sua utilização justifica-se no tratamento de casos de elevada gravidade e deverão sempre ser usados produtos comerciais homologados para uso nessas situações, respeitando a legislação da EU e nacional sobre a utilização de produtos fitofarmacêuticos e respeitando o meio, as espécies e as condições de aplicação (mais informação pode ser consultada no sistema SIFITO).

 

Visite a página Como Controlar para informação adicional e mais detalhada sobre a aplicação correta de algumas destas metodologias.

CABI (2014) Cyrtomium falcatum. In: invasive">Invasive species">Species Compendium. CAB International, Wallingford, UK. Disponível: http://www.cabi.org/isc/datasheet/17203 [Consultado 15/10/2015].

Silva L, Corvelo R, Moura M, Delgado OR, Fernandes FM (2008) Cyrtomium falcatum (L. fil.) C. Presl. In: Silva L, E Ojeda Land & JL Rodríguez Luengo (eds.) Flora e Fauna Invasora da Macaronésia. TOP 100 nos Açores, Madeira e Canárias, pp. 221-224. ARENA, Ponta Delgada.

Schäfer H (2005) Flora of the Azores. A Field Guide. Second Enlarged edition. Margraf Publishers, Weikersheim.