O QUE FAZER:
- Aprenda a reconhecer a espécie!
- Se a vir, registe em www.invasoras.pt/mapeamento, na APP “Plantas Invasoras” (iOS & Android), na App BioDiversity4All/iNaturalist ou contacte gtfallopia@gmail.com
- Se a vir à venda (viveiro, florista, internet,...), informe o proprietário que é proibido e/ou alerte as autoridades (SEPNA, ICNF)
- Se a tem no jardim/terreno elimine-a. Pode arrancar repetidamente e escavar (eliminar partes subterrâneas) ou aplicar herbicida. A biomassa deve ser deixada a secar (ex., em cima de plástico, para impedir que enraíze), colocada num saco robusto (até secar completamente) ou queimada (depois de seca). Mais informação na Ficha da Espécie.
- Se a controlar, plante outras espécies para dificultar a reinvasão.
- Adira à "Rede de Luta contra a Fallopia", que se está a formar (envie mensagem para: gtfallopia@gmail.com
- Apostar no bom estado de conservação de ecossistemas ripícolas e restauro dos ecossistemas alterados/ intervencionados, o que ajudará a evitar o estabelecimento e a expansão da invasora.
- Controlar o destino dos solos "contaminados" com Fallopia de forma a evitar a sua transferência e reutilização.
O QUE NÃO FAZER:
- NÃO intervenha/corte sem confirmar se há Fallopia na área.
- NÃO fragmente rizomas e caules (ex., com cortadores de relva, motorroçadoras) porque fragmentos < 1 cm originam novas plantas em 10 dias! Se o fizer, certifique-se que limpa muito bem as ferramentas! NÃO contribua para criar novos focos de invasão em locais onde voltar a usar as ferramentas!
- NÃO coloque plantas cortadas/fragmentos no caixote do lixo, na compostagem ou em contato com solo - podem sobreviver!
- NÃO ignore que a pode receber/ dispersar para outros locais como contaminante do solo e de composto (não aceite solo sem ter certeza que não tem sanguinária-do-Japão).
QUE PROBLEMAS CAUSA:
Cresce em solo livre, junto a casas, em muros, pavimentos, passeios, etc. As raízes e rizomas podem danificar essas infraestruturas e interferir com canalizações, tubos de drenagem, esgotos, etc. danificando tubagens e entupindo fossas de drenagem ao explorar fendas/locais mais frágeis em busca de água.
Os custos de controlo e reparação dos danos causados podem ser muito avultados, de 5.000 a 250.000€/ha/ano, reforçando a urgência de atuação o mais cedo possível. O controlo é desafiante, exigindo, quaisquer que sejam os métodos adotados, persistência, continuidade das intervenções e muito cuidado na eliminação dos fragmentos formados, para obter bons resultados.
Mais informação na Ficha da Espécie.
O QUE ESTÁ A SER FEITO?
1 - Formou-se o Grupo de Trabalho Fallopia (entidades participantes mais abaixo) focado em:
- Fazer o ponto da situação da espécie em Portugal
- Preparar um plano de ação, incluindo definição de medidas de controlo, sensibilização e divulgação, etc.
- Dinamizar a "Rede de luta contra Fallopia em Portugal", que reúna as entidades e cidadãos que contribuam para a diminuição dos problemas causados por esta espécie, quer através de divulgação do problema, mapeamento da espécie, ações de controlo, etc.
Mais algumas entidades por confirmar.
2 - Dinamização do 1º Webinar "Fallopia japonica – vamos travar esta invasão!", no dia 15 de abril de 2021, online (Zoom)
- Oradoras: Hélia Marchante (Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Coimbra & Centro de Ecologia Funcional) & Elizabete Marchante (Departamento de Ciências da Vida da Universidade de Coimbra & Centro de Ecologia Funcional)
- Público-alvo: Dirigentes e técnicos de autarquias, de empresas florestais, de gestão de vegetação, ..de gestão de infraestruturas lineares e outros interessados
- Veja aqui o vídeo do webinar: https://youtu.be/6BeneNqEePo e as apresentações: https://www.slideshare.net/PlantasInvasoras/webinar-fallopia-japonica-vamos-travar-esta-invaso
COMO RECONHECER A ESPÉCIE?
Erva de grande porte, até 3 m de altura e com raízes profundas (até 3 m). No verão, apresenta pequenas flores brancas salientes acima dos caules e folhas.
Ápices dos caules em zig-zag e folhas dispostas alternadamente, grandes, em forma de pá, com uma ponta aguda. Pode formar tapetes/ mantos contínuos de grandes dimensões.
Regenera vegetativamente, de forma muito vigorosa, a partir de rizomas e de caules aéreos: pequenos fragmentos originam uma nova planta que pode crescer até 2 m por mês!
Ocorre principalmente na margem de rios e ribeiras, e de vias-de-comunicação e em áreas degradadas.
Mais frequente na Região Noroeste do país, mas está a progredir para Sul (pelo menos até Coimbra).
Imagens do ciclo de vida e mais informação: https://www.japaneseknotweed.co.uk/japanese-knotweed-identification
ESPÉCIES SEMELHANTES
Além de F. japonica podem estar presentes em Portugal híbridos da espécie, muito semelhantes e também invasores. Devem ser tratados da mesma forma.
Existem ainda outras espécies de Fallopia (incluindo uma espécie nativa e outras invasoras), mas por terem folhas muito menores e serem trepadeiras não se confundem facilmente.
Ligustrum lucidum tem flor algo semelhante mas este é lenhosa, ao contrário de Fallopia, tem folhas menores e aos pares.
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